segunda-feira, 12 de maio de 2014

A Ira de um Anjo (Child of Rage) - Documentário COMPLETO [Legendado PT-B...





O que acontece quando uma criança foi privada de amor? Quais são as consequências de ser abusada física e sexualmente ? Pode uma criança ser realmente capaz de pensar em assassinato?
Acho interessante as possibilidades quando acreditamos em algo.
 Estas são algumas das questões que foram abordadas neste documentário do canal americano HBO, produzido em 1989. Com cerca de 30min. de duração, as filmagens contém diversos trechos das sessões de terapia da pequena Beth. A garota foi adotada por uma família que nunca soube de seu histórico de abusos sofridos, até que ela começou a apresentar uma série de problemas de comportamento que apontavam para algo mais sério. O vídeo dirá o resto.
Deixo vocês com suas conclusões. 


A loucura nossa de cada dia



quarta-feira, 7 de maio de 2014

Somos fogueiras..






O mundo é isso — revelou — Um montão de gente, um mar de
fogueirinhas.
Cada pessoa brilha com luz própria entre todas as outras. Não existem duas fogueiras iguais. Existem fogueiras grandes e fogueiras pequenas e fogueiras de todas as cores. Existe gente de fogo sereno, que nem percebe o vento, e gente de fogo louco, que enche o ar de chispas. Alguns fogos, fogos bobos, não alumiam nem queimam; mas outros incendeiam a vida com tamanha vontade que é impossível olhar para eles sem pestanejar, e quem chegar perto pega fogo.

Eduardo Galeano

terça-feira, 6 de maio de 2014

Transtornos Mentais


Ficção ou realidade? 

Outro dia me perguntaram:
Isso que você escreve é de verdade? Você é doida mesmo?
Esboço um sorriso até meigo. E penso na resposta. Que resposta? O que responder?
Sou doida ( psicótica), sei lá. Até um dia desses não era. Talvez você também não seja até hoje.
Os médicos dizem que sim.
Os psicólogos também.
O meu marido ( para sua  surpresa e de muitos  "tenho" um) também acredita.
O psiquiatra me disse semana passada que existem vários tipos de adoecimento mental.
O que é adoecimento mental?
Fiquei pensando nessa frase. Adoecimento mental. Acredito que durante meu tratamento, essa pergunta sempre me perseguiu. O que é essa doença mental? Porque sou diferente dos outros que me acompanham no espaço onde faço tratamento? Porque sinto tanta inveja dos outros psicóticos que ainda surtam ou tem algum tipo de alucinação?
Já é antiga a afirmação: “de médico e de louco todos temos um pouco”.
Todos “podemos” afirmar quem é doente mental, mas não estamos imunes à doença mental.
Na maioria das vezes, as pessoas  assumem-se como “médicos” (doentes são os outros) ou em parte “loucos” - mas no bom sentido, porque loucos, verdadeiramente, são sempre os outros.
Ou seja, loucos do bem, a loucura boa. Será que existe? 
 Esse texto surgiu das minhas conversas comigo mesma e com as(os) muitos de mim que povoam a minha mente. Surgiu também das conversas com minha psiquiatra que acompanhou todo o meu processo, com uma escuta carinhosamente  singular.
É como pensarmos que os “normais” são como nós e os doentes são os diferentes. Nada de mais errado. Mas fica-nos o pseudo-bem-estar de que, excluindo os outros, excluímos de nós a doença mental.
Penso que assim começou e continua o estigma da doença mental.
A história da doença mental revela que, desde cedo, as pessoas com comportamentos e atitudes desajustadas da sociedade e com situações extremas de doença fossem segregadas e remetidos para prisões onde eram contidas, colocando “a salvo” a sociedade (e não os doentes). Só muito posteriormente estes viriam a ser alvo de atenção e intervenção, surgindo neste contexto prisional os primeiros tratamentos médicos psiquiátricos.
O termo doença mental tem, infelizmente, ainda um sentido pejorativo, por ignorância e sentimento de ameaça e vulnerabilidade das pessoas. A imagem e conceito de doença são ainda associados a pessoas violentas, agressivas, incapazes, “tolinhas” ou que só cometem loucuras. Nada de mais errado. A doença mental é, atualmente, extremamente comum.
A doença mental não deve ser confundida com a quebra de normas ou funcionamentos sociais, de sentimentos, de crenças ou valores religiosos ou morais que divirjam deste ou daquele grupo, sociedade ou cultura. Percebo que algumas pessoas são mal-educadas mesmo, acham que em nome da autenticidade podem desrespeitar as regras e os valores sociais.
Há ainda um grande desconhecimento da evolução do diagnóstico e tratamento das doenças mentais entre os profissionais de saúde (não ligados à saúde mental) e na sociedade, o que contribui para a estigmatização da doença mental.
Compete aos técnicos de saúde mental estudar, avaliar, tratar e refletir, para que se consiga evoluir mais e intervir cada vez melhor, bem como informar e alertar a sociedade para desmistificar a doença mental. Mas este aspeto também se aplica a outras doenças que, de igual modo, tiveram que ultrapassar muitas barreiras. O câncer, por exemplo, foi alvo de grandes campanhas que promoveram o diagnóstico precoce, apesar do conhecimento científico incompleto e da complexidade e grau de eficácia insuficiente dos tratamentos, que contribuíram para uma grande evolução nessa área.
Ainda hoje se verifica que, por motivo de doença mental, a pessoa pode necessitar de baixa ou estar incapaz de exercer as suas tarefas diárias e ser mal vista pela sociedade.
Ou seja, além de estar doente, tem ainda de enfrentar ou refugiar-se da atitude de ignorância dos outros.
A doença mental é hoje definida e estudada por profissionais com métodos e rigor científicos.
O desenvolvimento de critérios de diagnóstico de doença mental dos manuais da Associação Americana de Psiquiatria ou da Organização Mundial de Saúde vieram definir e orientar, do ponto de vista clínico, uma uniformidade de conceitos sobre o que é ou não a doença mental.
A conotação da doença mental com aspetos pessoais e sociais negativos é algo que vem do passado longínquo e se projeta nos dias de hoje, sem qualquer correspondência com a realidade atual.
Ao longo dos tempos, o Homem sempre revelou dificuldade em compreender a doença mental, mas com a evolução científica e a maior oferta de serviços de tratamento da doença mental, atualmente a pessoa em risco de doença ou com doença mental ou que sente algum mal-estar ou sofrimento emocional procura muito mais facilmente ajuda, apoio e tratamento.
O modelo estritamente biomédico considera que a doença mental é equiparável a outras doenças, com um substrato físico, associado a alterações cerebrais, nomeadamente, de neurotransmissores, receptores neuronais que provocam sintomas e são tratados com medicação.
Claro que isto é uma realidade, mas não se pode reduzir a doença e o sofrimento mental da pessoa apenas ao biológico. A dimensão da doença mental está muito para além do substrato biológico que está presente em todas as emoções e comportamentos, quer sejam patológicos ou não. A doença mental é muito mais complexa e, por isso, coloca dificuldades ao técnico e a quem dela sofre. Esta complexidade, apesar de ser difícil de compreender, não pode ser desvalorizada ou negada e, por isso, desviada para aspetos interpessoais, sociais, morais e culturais.
O termo doença mental tem, ao longo dos tempos, acentuado e contribuído também para a dualidade mental/físico, o que não é realidade. Nem as doenças físicas são só físicas, nem as mentais são só mentais. Ambas se manifestam numa pessoa que é simultaneamente corpo e mente.
As doenças mentais não são problemas da vida, são um problema na vida do doente.
As pessoas não adoecem porque querem ou escolheram ser doentes. Também não melhoram apenas com a vontade e desejo pessoal. A pessoa com doença mental necessita de tratamento como qualquer outra pessoa que sofra de diabetes, câncer ou hipertensão arterial.
A doença mental deve ser encarada como algo que funciona mal no nosso cérebro e que provoca a doença, tal como noutras doenças orgânicas ou como resposta a circunstâncias anormais e, neste caso, constitui uma disfunção psicológica.
Em qualquer dos casos, em que uma ou mais variáveis (disfunção cerebral ou circunstâncias anormais) estão presentes temos uma doença ou risco de a ter. Caso as duas variáveis estejam bem teremos provavelmente um estado de saúde mental. Mas nem sempre.
Temos também de inserir a doença mental no domínio psicológico, em que a pessoa sem lesão ou sem substrato físico prévio alterado, em determinadas situações de crescimento psicológico ou acontecimentos de vida pode adoecer mentalmente.
A pessoa pode possuir défices ou mecanismos psicológicos prévios que, mesmo em circunstâncias aparentemente “normais” , evolui para a doença mental.
Claro que as condições físicas e psicológicas são indissociáveis e a importância de uma ou de outra muda de doente para doente, não existindo uma sem a outra.
A doença mental não é um desvio do comportamento ou atitude social, mas pode implicar ou desencadear alterações do comportamento social ou cumprimento de normas sociais.
A doença mental implica sempre uma disfunção no indivíduo e não apenas uma diferença. OU melhor é uma disfunção que nos torna diferentes, mesmo quando somos funcionais ( o que é ser funcional? Acho que o mundo é dos funcionais. Isso é uma divagação. Fica para outra hora. Humm, penso que as divagações tomaram o lugar das alucinações).
Uma coisa são as normas sociais, isto é, situações em que as pessoas infrinjam ou não cumpram ou não concordem com determinados valores, outra coisa é uma perturbação do comportamento ou violação dessas regras por doença mental.
Muitos dos problemas que atualmente diminuem a saúde mental das pessoas são relevantes em termos de disfunção psicológica, mas não em grau suficiente para que possam ser considerados doença mental no sentido mais estrito do termo, em que o componente biológico é determinante ou clinicamente significativo, mas afetam a qualidade de vida das pessoas e colocam-nas em risco de adoecerem.
A doença mental implica a presença de um conjunto de sinais ou sintomas clinicamente significativos e que não são uma resposta comum, adequada, inserida no contexto cultural e social em que a pessoa vive, mas resultado de uma disfunção psicológica, biológica e social.
São critérios da doença mental mal-estar ou déficit funcional clinicamente significativo, um impacto e prejuízo na vida da pessoa doente, ao nível pessoal, social, ocupacional ou qualquer outra área importante da vida da pessoa, deteriorar as capacidades ou provocar uma mudança inequívoca no funcionamento da pessoa.
Outro dos critérios utilizados pelos médicos é a duração e persistência dos sintomas.
Não é demais salientar a diferença que existe entre doença mental e as diferentes emoções, comportamentos, atitudes, reações das pessoas enquanto indivíduos inseridos nos mais variados grupos, contextos ou cultura. Para alguns estar louco é rasgar dinheiro e passar merda na cara.
Sinto decepcionar você, mas não é bem assim. Nunca encontrei nenhum psicótico, mesmo em surto severo, que fizesse isso. Mais um mito a ser quebrado.
As causas das doenças mentais são múltiplas, diferindo de doente para doente.
Um dos aspetos característicos da doença mental é a heterogeneidade dos casos. Podemos ter uma psicose em pessoas muito diferentes, daí a grande complexidade das apresentações dos sintomas  e dos problemas associados a cada pessoa. As pessoas sofrem de doença mental e não são “a doença mental”. Por isso, devemos dizer que a pessoa tem uma depressão e está deprimida e não que é um deprimido.
Outro aspeto muito relevante é o fato de, para o mesmo diagnóstico, termos pessoas com manutenção da capacidade funcional, outras com incapacidade funcional parcial ou total e, dentro da mesma pessoa e diagnóstico, podemos ter alterações da capacidade funcional conforme o momento da avaliação.
Pois é,  sou psicótica com desempenho funcional bom ou ótimo.
Será que tudo isso é ficção? Realidade?
Caro leitor ( se é que você existe) deixo você com a possibilidade da dúvida e o poder da escolha.

                                                                                                  A loucura nossa de cada dia



quarta-feira, 30 de abril de 2014

E assim caminha a humanidade..


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Sempre me disseram que eu sou feita de uma matéria especial, liga forte, inquebrantável.
(Estou parecendo a  porta do poema de Vinícius de Moraes:
Sou feita de madeira, madeira matéria morta...)
Nunca entendi direito o real motivo para me colocarem nesse lugar.
Ou eu mesma me coloquei quando permiti que assim o fizessem.
Até que um belo dia a fibra, liga ou sei lá o que, rompeu, quebrou.
Quebrou enlouqueci, louqueci, pirei, sou psicótica e agora?
Agora o Outro me fala, o Outro me mobiliza, o Outro me vigia.
O Outro nada significa, a não ser a dor, o padecimento dessa voz e desse olhar.
O gozo da dor! Depois tento explicar isso, se é que tem explicação. Tô ficando neurótica mesmo! Acho que foi Lacan quem falou que a neurose é um tipo especial de psicose. Leiam Joyce, se puderem. Ali vocês vão encontrar um tipo sublime de psicótico. Eu adoro! Justamente, porque ele não faz esses questionamentos tacanhos: O que isso quer dizer? Porque aconteceu comigo? O que isso significa? Os neologismos são fantásticos. Isso é outra história ou será a mesma?
Delírio e realidade.O mundo é louco. Tão louco que se veste de normalidade.
Acho engraçado, hoje algumas pessoas me olham achando que para ser louco preciso estar enquadrada numa série de requisitos ( genéticos, sociais...) perguntam logo: tem algum caso na família? Acho uma graça, a normalidade é tão patética que me faz rir.
Observo pessoas, além de escutar vozes ( ah! hoje não escuto mais, elas estão sob controle medicamentoso, que pena!!!) e o que é pior acho que estou ficando neurótica - existe algo pior, sofrimento maior? Nem sei se é possível um psicótico virar neurótico.
O que sei é que vejo pessoas fazendo todo tipo de coisas em nome do bem-estar e da saúde, da felicidade.
Vejo que se faz dieta para emagrecer, para engordar, para "criar"  músculos.
Vejo que há uma busca desenfreada pela beleza a qualquer custo.
Vejo que cuida-se estritamente da saúde física ( hábitos e cuidados de higiene exacerbados, alimentação equilibradíssima) .Tudo em nome do equilíbrio.
Não deixando de lado o eterno encontro com a cara metade, existe um investimento enorme.
Tudo isso é normal. Siga o slogan: Felicidade para todos!
O que observo também que a depressão tem aumentado vertiginosamente, que  a síndrome do pânico é que deixou de ser raridade.
Que os consultórios dos psiquiatras estão lotados, todos querem um remedinho para curar seus pequenos defeitos ( sou desatento, sou depressivo, sou euforico, tenho insônia, sou sonolento demais, sou hiperativo...)
Não quero falar agora na busca incansável das bases fisiológicas.
Não tenho nada contra o avanço da ciência. Tenho observado que o cérebro está sendo fatiado, recortado e vendido a granel por pessoas que se dizem estudiosas ( será que estão delirando? Será que pensam que tudo é realidade? Não sei o que pensam e nem desejo saber? Uma coisa eu sei não vou enlouquecer da mesma forma que elas, elas estão muito ensimesmadas, é o pior tipo de "loucura" , a angustia consigo mesmas, com resultados, com o ego, a busca é frenética, a busca pelo significante.
Não caro leitor, não desejo isso pra mim.E o cérebro, coitado, ainda é um ilustre desconhecido. Porque não explicar tudo via conexões neuronais, sinapses?
Sem falar das "Neuro" hoje tem neuro pra tudo ( neuropsicologia, neuropedagogia , neuropsicopedagogia..haja neuro , haja neuras, desculpem-me o trocadilho, não resisti. Enfatizo que não tenho nada contra o avanço da ciência, mas é muito marketing, muitos cursos vendidos, muitos pesquisadores, todo mundo é neuro alguma coisa. Todos precisam ganhar o pão nosso de cada dia!
Percebo que só precisamos do psiquiatra para medicar os psicofármacos. Eu tive a sorte da minha psiquiatra ter um contato, uma escuta não duvidosa, sim humana. O contato psiquiatra e "louco" está desaparecendo, está sendo intermediado pela medicação. As doenças psíquicas estão ficando uniformizadas, homogêneas, os quadros normalmente, não evoluem por conta da medicação. Que bom, não?
Fica um dia sem a medicação pra ver o que acontece?
Não queira saber. Não pense que estar em surto é uma experiência ruim, degradante ou algo assim. Muito pelo contrário, estar em surto é apoderar-se, ter um poder singular, não posso explicar.
É mais ou menos assim, você pensa que é você quem fala. E eu tenho certeza que sou falada pelo Outro- que nada mais é do que esse algo que não existe.
Deixo você(s), são tantas(os) dentro de mim, com uma pergunta: Que verdade é essa que você se orgulha em ostentar?


A loucura nossa de cada dia










terça-feira, 29 de abril de 2014

Minha loucura pelo avesso - só por hoje...





A loucura pelo avesso (normalidade) é feliz, bela, saudável e esperançosa...
O outro lado é tão grandioso quanto o pensar que é tão alto e inteligível que não consegue ser traduzido.
Aquele que vê. O olho que tudo vê. Será que vê mesmo?
Será que vê o nada que se instala?
E nesse  movimento, nessa estática sem saída, sem domínios...sou apenas uma composição química, um acúmulo de resíduos milenares...
É tudo tão vasto que se torna claustrofóbico.
Onde estará essa tal liberdade - busca volátil - que segue por caminhos tortuosos, soturnos, indefinidos, sorrateiros. Será que ser livre é ser igual a uma rocha que decidiu ( rochas decidem?) ficar estática, simplesmente sendo o que pode ser!
A rocha me faz pensar que a minha felicidade pode ser ocasional, talvez não.
Que esse mundo loucura e sanidade fazem parte de uma mesma moeda.
Que normalidade não é o avesso da loucura, mas sim , uma coisa chata que nos sufoca dia a dia
Você já pensou que, apenas, pode ser o outro lado da moeda? Pense!!!
O avesso da loucura pode ser você.
Portanto, trate bem esse avesso. Descubra-se, reinvente-se, seja o que você pode ser.Melhor ou pior?
Não sei. Detesto esses maniqueísmos.
Portanto seja você, insanamente são.

A loucura nossa de cada dia



Estamos chegando...(Porque plural?)

 
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http://lounge.obviousmag.org/encruzilhada/2012/07/o-museu-da-loucura.html
 
 
Estamos chegando .... eu e muitas(os) outras(os)  que existem dentro de mim.
Sou tantas(os) por isso prefiro o plural. Etar chegando ou partindo,, idas e vindas...
Não sei ao certo sobre o que escrever, sabe aquele instante de intersecção?
Pois é , eu também não sei!!!
Tanta coisa pra falar... o lugar do não dito subjugando todas as vozes, criações... As vezes, teve uma época que sempre, me perco nesse lugar. O lugar do tudo e do nada.
O lugar das somas fracionadas e subtraídas... o olha que sempre adorei está incrível operação matemática chamada ADIÇÃO( ou como prefiro, simplesmente, soma ou conta "DE MAIS").
A soma sempre me remeteu a uma colcha de retalhos. Retalhos soltos, amassados,aparentemente, sem ordem ou sequência, que aos poucos vão sendo invadidos por essa incrível teia configurada pela linha...E?? Para nossa surpressa eis  a colcha única que surge de um somatório simples, sem ordem, do caos surge uma imagem, uma ilusão...
Talvez seja isso que eu esteja tentando fazer aqui , junto com você ( que nem sei se me lê) que pode ser um espectro do meu pensamento, uma faísca da minha megalomania... não sei se você existe aí do autro lado e está vendo a minha (des)construção, (re)paginação de mim mesma. Você que assiste a minha transcrição do (ir)real mundo em que vivo. 
Não sei se isso vai ser um diário... Um momento de estar comigo mesma, sem amarras, livre para expressar... Acredito que não tenho tantos segredos assim, não sou famosa...por que você teria esse trabalho de ler algo que escrevo sobre minha (ir)realidade?
Também não tenho respostas, mas vou estar por aqui... Tenha certeza, não absoluta porque só os tolos as têm.
A loucura nossa de cada dia.